Princípio básico da serigrafia.
É impossível imaginar o mundo de hoje sem a serigrafia: todos os dias entramos em contacto com produtos que são impressos através deste processo: no automóvel, ao ouvir CD's ou ver DVD's, quando usamos o telefone, quando efectuamos pagamentos com cartões de crédito, quando usamos teclados, etc.
Serigrafia ou silk-screen é um processo de impressão no qual a tinta é vazada, pela pressão de um rodo ou puxador, através de uma tela preparada. A tela, normalmente nylon , é esticada em um bastidor de madeira, alumínio ou aço. A "gravação" da tela se dá pelo processo de foto-sensibilidade, onde a matriz é preparada com uma emulsão foto-sensível e colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto matriz+fotolito colocados por sua vez sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do nylon, e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão foto-sensível que foi exposta a luz. |
Esta impressão pode ser feita em variados tipos de materiais (adesivo, chaveiro, tecidos, caneta , PVC, vidro, madeira, etc.), (cilíndrica, esférica, irregular, clara, escura, opaca, brilhante, etc.),em várias espessuras ou tamanhos, com diversos tipos de tintas ou cores. Também pode ser feita de forma mecânica (por pessoas) ou automática (por máquinas); geralmente são feitas manualmente mesmo
A serigrafia caracteriza-se como um dos processos da gravura, determinado de gravura permeográfica.
A palavra permeográfica, pretende enfatizar que não há realização de sulcos e cortes com retirada de matéria da matriz. O processo se dá no plano, ou seja na superfície da tela serigráfica, que é sensibilizada por processos foto-sensibilizantes e químicos. O princípio básico da serigrafia é relacionado freqüentemente ao mesmo princípio do estêncil, uma espécie de máscara que veda áreas onde a tinta não deve atingir o substrato (suporte).
O termo serigrafia (serigraph, em inglês) é creditado a Anthony Velonis, que influenciado por Carl Zigrosser, crítico, editor e nos anos 40, curador de gravuras do Philadelphia Museum of Art, propôs a palavra serigraph (em inglês), do grego sericos (seda), e graphos (escrever), para modificar os aspectos comerciais associados ao processo, distinguindo o trabalho de criação realizado por um artista dos trabalhos destinadas ao uso comercial, industrial ou puramente reprodutivo.